sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Resposta do meu amigo Ogro ao texto "Eles não entendem."


 As mulheres querem Edwards, Greys, consortes... Como diria o texto de uma amiga, por que eles amam infinitamente, mas esquecem que entre tantos tolos – O tolo que refiro-me é o eterno apaixonado e o gentleman de cavalo branco que as mulheres tanto esperam- que esquecem que nesta proporção delicada do ser masculino, existem Ryans Atwoods, Srs. Darcys e Erics Northmans dos quais em toda sua dureza, aparente falta de afeto e falta total de interesse aos olhos alheios, tem sua forma de mostrar e demonstrar seu amor, afeto, carinho e tudo mais.
As mulheres são tão obcecadas pelo “O Cara” de Roberto Carlos, que esquecem muitas vezes daquele cara que chama mais a atenção pelo seu silêncio e atitude firme do que por sua ‘’purpurina’’ que aos se mover atinge a tantas e tantas outras que ele torna-se comum que logo perde toda aquela sua graça.
Um homem que cozinha e mostra isso ao mundo de mulheres em busca do “O Cara”, Edwars e etc, logo terão uma legião aos seus pés, enquanto os poucos garotos vindos de Chino ou do seu submundo interior serão quase que uma exclusividade de POUCAS e quando digo isso, digo com propriedade. É tão fácil apaixonar-se pela Princesa e pelo Príncipe encantado não é mesmo?
Mas a realidade nem sempre é essa, existem ‘’Adoráveis Canalhas’’ como descreve Carpinejar pelo mundo encantado que dão de mil em muita realeza.
Quando um destes conquista um amor, um afeto, um carinho ou qualquer coisa... Ele não demonstrar com baldes de mel não significa que ele não se importa.
Nós homens também precisamos saber que vocês se importam e gostam um pouco dessa porção Ogra que possuímos, da maneira brusca que brincamos com vocês e no minuto seguinte lembramos o quanto são frágeis, da forma descarada que olhamos para o lado, mas só para ver a cara de ciúme de vocês que é tão agradável. Ser um Shrek em meio a tantos Edwars e Greys não é tarefa para qualquer um não, mulherada. Ficamos muitas vezes sentados assistindo vocês suspirarem por aquele cara da tela e de braços cruzados fingindo que não nos importamos, muitas vezes fazemos piadas infames, mas no fundo por um lapso de tempo chegamos a pensar: Por que não posso ser como ele e deixa-la assim também? Mas logo passa, por que à nossa maneira já fazemos.
É o nosso charme, é a nossa essência, é nossa maneira espontânea de ser e de surpreender. Podemos ser Sr. Darcy, mas sem perder o gosto de surpreender vocês com gestos inesperados, somos CANALHAS a moda antiga, somos homens, somos Ogros, mas somos a porção diferenciada desse mundo tão cheio de FALSOS Edwards, que só querem impressionar para garantir o jantar.
Nossos talentos são particulares, são demonstrados apenas para ela, passamos despercebidos em meios a tantos talentos de talk show: Um que cozinhar e expõe ao mundo feminino a fim de ganhar ‘’fãs’’, outro que toca bem seu violão, outro que canta como Elvis... Mas nós? Fazemos tudo isso e muito mais, porém deixamos para dar o show apenas a ela, não importa quantas tenhamos ao longo da vida, cada uma que passou por nossas vidas, camas e corpo, sairá satisfeita, pois damos a elas um mundo novo que ela nem sonhavam que poderiam ter com um Eric Northman da vida, enquanto nascem dia a dia novas seguidoras de Edwards e “O Cara”, apenas as que passaram por um Shrek poderá dizer um dia: Os Príncipes são ótimos vistos de longe, mas de perto são todos iguais.

Quando somos nós.

Quando somos nós o resto do mundo desaparece, perde as cores, já que elas ficam todas em nós no nosso arco-íris particular. 
Quando somos nós, o tempo para, nada mais importa além desse sentimento avassalador que nos une e nos transforma sempre naquilo que não conseguimos explicar apenas sentimos.
Quando somos nós o riso é transbordante, fácil e sincero. É gostoso ouvir tua risada seguindo a minha... é como o resto das sensações elas apenas se complementam perdendo o sentido de separação passamos a ser um complementando o sentir do outro.
Quando somos nós, não pedimos nada apenas nos doamos, e recebemos tudo um do outro, magicamente como deve ser o amor, naqueles instantes em que somos nós nos permitimos sempre mais. E isso é tão inexplicavelmente nós.
Quando somos nós o coração dispara, a respiração acelera, mas estamos tantas vezes ali parados, apenas nos olhando, em silêncio.
Quando somos nós podemos, ser música, ser poesia, ser sorriso, ser verdade, ser sexo, ser amor, não existe limites para nós quando somos nós.
Quando somos nós, podemos brincar, podemos fugir, podemos fingir, ou apenas podemos dormir. Somos nós apenas por estar de mãos dadas. Outras vezes somos nós por sermos um junto tão distante que jamais será entendido pelos mortais.
Quando somos nós somos intermináveis brigas também, afinal não somos perfeitos e aprendemos um com o outro todo dia...nos descobrimos e nos reinventamos diariamente em nós. Não gosto de brigar mas nós sempre fomos assim e se perdermos isso em nós, deixaríamos de ser tão nós.
Quando somos nós o amor fica subentendido pois não sabemos explica-lo, apenas o deixamos fluir para que possamos senti-lo repetidas vezes e a cada dia, com uma sensação nova, plena. 
Quando somos nós somos paixão, somos carinho, somos amizade indestrutível, somos amor, somos infinitos enquanto dure.
Quando somos nós, somos Ogro e Neusa e tantos outros que habitam em nós... quando somos nós.

Eles nunca irão entender...

Ouvi um amigo meu comentar esses dias que não entendia porque as mulheres se desmancham chorando vendo um filme como Crepúsculo. Simples... sonhos e desejos. Qual mulher nunca sonhou com um amor tão surreal que beirasse o improvável? Qual mulher nunca desejou tanto um amor arrebatador que chegasse a ser ridículo? Quem disser que nunca está mentindo, talvez porque não admite nem pra si mesma isso.
Somos pura progesterona e estrógeno... hormônios que nos bagunçam todas, constantemente. De manhã eu amo morangos, de tarde não estou a fim e a noite simplesmente O_D_E_I_O. Inconstância. 
Ao mesmo tempo que somos esse turbilhão de emoções, coisas simples, pequenas e até mesmo bobas nos fazem tão imensamente felizes. Um simples sms dizendo "eu te amo" coloca a roupa na máquina, já nos deixa feliz, mesmo que juremos que ficamos putas por conta da roupa... o Eu te amo nos fez sorrir. Aquela surpresa simples, mas que tira nosso mundo do lugar de tanta felicidade, seja por um presente (atrasado como justificativa, mas um presente encantador) seja por um suspiro do nosso nome durante a madrugada. O amor verdadeiro está nos detalhes, não aqueles que todos cobram, mas naqueles que ninguém espera.
Mas odiamos com a mesma intensidade, pelas mesmas pequenas coisas... nosso nome escrito na mesma frase que a @#$%¨&**&*@# da ex dele. No entanto nunca, jamais admitiremos que vimos isso ou que isso incomoda, mas aquela calcinha nova de renda, volta pro fundo da gaveta. Odiamos o fato de não se ter uma data nossa porque não casamos, nem namoramos, somos outra coisa, indefinida e por isso ficamos sempre em suspenso. Odiamos imensamente quando não nos sentimos parte da vida deles, mesmo nos sentindo deles, mulheres precisam de rótulos, olha a quantidade deles que inventamos para nossas amigas. 
Somos assim complicadas e perfeitinhas,  nem nós nos entendemos mesmo, mas valemos cada fio de cabelo branco ganho tentando nos decifrar. O segredo é mais simples que todos imagem, precisamos de amor, por isso choramos com Edwards, Greys, consortes, e tantos outros personagens... o que eles tem em comum... amam... imensamente e demonstram isso constantemente. 
Não basta sermos amadas, precisamos ser constantemente lembradas disso. Não a todo instante que isso enjoa também, mas intensamente quando acontecer, pode ser uma vez no ano, uma no mês. O amor nos deixa tolos... apenas deixem a tolice sair de vocês, sem medo de ser menos macho por isso. 
As vezes eu penso que talvez seja por isso que os casais homossexuais estão aumentando tanto, é tão mais fácil entender alguém igual a gente. Talvez o tesão acabe sendo consequência do afeto simples e intenso que nós meninas nos permitimos e da indisplicência em relação ao mesmo que os meninos dividem . 
O amor pede mais, exige mais, apenas precisamos que como diz sabiamente Nando Reis " o amor seja expulso de você para ser de alguém".